21/08/2008

O meu pirulito

Fiquei toda a noite acordada a olhar para o meu bebé, ficou comigo na cama, tinha que lhe dar mama no máximo de 3 em 3 horas e era um sacrificio, pois ele não pegava bem e as enfermeiras agarravam-me nos mamilos e punham-lhe na boca. Ufa...
De manhã teve de tomar o 1º banho, quem deu foi a enfermeira para me explicar como fazer, mas ele não gostou, chorou sem parar até ter a mama na boca outra vez.
Os avós vieram visitar, com muita insistência é que o Nuno pegou no filho! Dizia que lhe fazia impressão, o bebé era tão pequenino e frágil. Sentou-se numa cadeira e puseram o Mário nos seus braços.
O Mário chorava muito durante o dia, tinha cólicas, eu não conseguia fazê-lo parar de chorar, as enfermeiras lá vinham pegar nele, apertavam-lhe a barriga e lá saía qualquer coisa. Eu mal me sentava, tinha de ser de lado e a muito custo, todas as manhãs os médicos faziam a ronda, viam a costura, apalpavam a barriga para verificar se o útero estava a ir para o lugar certo!
Na sexta-feira, dia 20-Julho, os médicos viram-me e ao bebé e deram-nos alta. O Nuno levou o ‘ovo’ mas o Mário não parava de chorar por isso levei-o no colo até ao carro. Tinha pedido ao Nuno para todos os dias levar uma fraldinha de pano do pirulito para dar a cheirar à maluca da cadela que tinhamos em casa. A cadela deu uma snifadela ao bebé e nem lhe ligou, reacção que não estavamos à espera!
O Mário só queria dormir no colo ou então não parava de chorar e apesar de dormir bem á noite (acordando de 3 em 3 horas), não sei porquê comecei a entrar em pânico quando a noite se aproximava, os meus dias eram sempre iguais, ele não fazia outra coisa senão chorar. Houve muitas vezes que lhe dei mama de hora em hora só para não o ouvir mais. Se eram gases as massagens não faziam efeito, se era sono então fazia birras comunais. Certos dias eu também chorava, deixava-o na alcofa a chorar porque já não o conseguia acalmar e tinha de fazer alguma coisa em casa.
Tive imensas dores a dar a mama, até os mamilos ‘calejarem’, chorava, gritava, não queria continuar e só de imaginar que a hora da mama estava perto já eu ficava nervosa! A mama direita doía tanto que parei de dar durante 2 semanas e o peito inflamou, tive que pôr toalhas quentes e depois gelo para ver se passava e tive de continuar a dar a mama para o leite não entupir mais. Tomei comprimidos porque sentía-me doente e sem forças. Pouco tempo depois a mama esquerda fez o mesmo, entupiu, aí tive de tomar antibiótico. Custou muito mas passou.
Uma das filhas da D.São, vizinha, um dia disse-me que tanto ela como a irmã deram aos filhos um medicamento natural à base de chá de ervas (Colimil) e que ajudaria muito a não ter cólicas e a libertar os gases. Quando acabei de lhe dar o medicamento já notava diferença e nunca mais ele sofreu de cólicas. Quando tem gases liberta-os facilmente.
O banho nunca havia sido tomado com boa disposição, pois um dia quando o tio Pedro filmava, o menino Mário apeteceu-lhe ter disposição para o banho! Foi muito giro. Desde então nunca mais chorou no banho.
Pouco antes dos 2 meses começou a sorrir!
Por volta dos 2 meses foi á consulta com a Pediatra e num momento de brincadeira entre mim e o bebé (estava eu a falar com ele e a tentar vesti-lo sem choro) ele faz aqueles barulhinhos, parece que quer responder ou coisa assim, a médica disse que ele começara cedo a ‘querer falar’. Fiquei contente.
Para sair de casa ele tinha que estar com sono porque senão chorava e nínguem dava conta e tinha de ser tudo à pressa não fosse ele acordar e depois tinha de o pegar ao colo. Como isso aconteceu várias vezes resolvemos comprar o ‘marsúpio’, o que era muito bom pois devia dar-lhe a sensação de andar ao colo e até adormecia.
Comecei a sair de casa á tardinha para espairecer e andar um pouco na avenida. Andar de carrinho na calçada é terapeutico, ele adormecia num instante. Começou a escurecer mais cedo e deixei de ir!!! (preguiçosa!)
 

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